MARIA DE NAZARÉ - A CURA DA MÃE MAIOR

De todas as feridas que a Vida Humana ainda carrega, a maior delas é com relação à sua Mãe Maior, A Terra. Desta chaga derivam todas as outras, é ela a origem da ilusão da escassez e de toda sorte de sofrimento. É por causa dela que a humanidade ainda não atingiu seu esplendor.

Todo ser humano, em maior ou menor grau, sofre com a desconexão que foi criada com Sua Fonte, sentindo-se intimamente rejeitado, não aceito, mal querido. Esta mentira foi contada de maneira tão eficiente, por tanto tempo, que hoje faz parte do inconsciente da Humanidade.

No momento em que foi dito ao Homem que ele reinaria sobre toda criatura, ou seja, que seria superior à Mãe Natureza, criou-se, propositalmente, esta ideia de separação, tão sedutora quanto mortal.

Em sua mente, o Homem morre como Filho da Grande Mãe. Torna-se órfão, cindido. Ao acreditar ser maior do que Aquela que o criou, sem saber, torna-se fraco e condenado à miséria existencial. Como pode um Filho prosperar e se sentir completo sem a Mãe? Impossível.

Este é o vazio que atormenta tantas almas humanas: a falta que sente da metade que lhe deu à Luz, do Princípio Feminino ainda negado em si mesmas, do Colo Sagrado, do Seio Nutridor. Sem Mãe não há Vida, sem Mãe não há nada.

Quantos seres humanos buscam preencher esse buraco com conquistas materiais, poder e sucesso, sem nunca o conseguirem verdadeiramente? Pois a força que lhes falta só pode ser encontrada no reconhecimento de sua maternidade, do seu lugar na Criação, em sua integridade.

Enquanto a Humanidade não reconhecer sua Mãe Divina, perecerá. Não haverá tecnologia, descoberta, cura, nem evolução que sustente o próximo passo para transcender como coletividade. Individualmente, nenhuma mãe ou mulher será suficiente. Todos os filhos continuarão se portando como credores do mundo, condenando a si próprios a vidas insatisfatórias.

Enquanto o Homem não se reconhecer como Filho, como menor, não poderá receber de fato a Vida e ter todas as suas necessidades atendidas, sem esforço ou dor. Enquanto continuarmos desrespeitando a Mãe Natureza, acreditando que Ela seja algo aquém, que existe para nos servir indiscriminadamente, a vida na Terra será marcada pelo padecimento.

É preciso que cada Ser Humano realize um trabalho interno profundo, reconhecendo-se como Filho da Mãe Maior. É preciso que se reverencie cada manifestação da Natureza como Sagrada, cada Mulher como Santa. Desta forma, estarão se curando, tomando de volta a parte refutada de si mesmos.

Filhos da Terra, voltem ao lugar de onde jamais deveriam ter saído. Sua Mãe jamais os abandonou e nunca o fará. Ela apenas aguarda pelo seu retorno. Todo Amor, em todas as suas formas, será seu quando aceitar sua natureza Divina.

És Um com A Mãe e O Pai. És Filho.

Maria de Nazaré

Através de Daniela Müller
11 de Novembro 2019